quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Homossexualismo (algo sobre essa discussãozinha eterna)




Homossexualismo é um assunto polêmico demais para se discutir, se você é contra já é rotulado como reacionário fascista fanático religioso dos infernos, e se você escreve defendendo sempre vai ter um comentário de alguma pessoa com o senso crítico de um desentupidor de pia dizendo “tu tá defendendo porque quer sair do armário né”. Antes de começar o meu texto eu vou logo introduzir à todos a minha opinião: eu não sou contra, nem sou a favor, pra mim a opção sexual de uma pessoa é tão importante quanto a marca de pasta de dente que ela usa, meu texto não vai ser sobre o homossexualismo em si, mas das atitudes das pessoas no geral, defendendo ou atacando.

Gosto de falar do que eu observo no facebook porquê nos últimos tempos esse espaço em rede social tem se transformado em uma verdadeira ágora virtual, onde as pessoas se reúnem para discutir assuntos relevantes, desde os rumos da política atual até as músicas do latino. Com o facebook todo mundo é muito consciente e crítico, expressando a sua individualidade intelectual compartilhando pensamentos alheios.

Homossexualismo é um tema extremamente explorado pelas pessoas nas redes sociais, quase todo dia vejo alguma imagem daquelas páginas “Para rir no face” ou “frases para reflexão” dando alguma opinião reciclada sobre o assunto. Falo reciclada porque quase tudo que vejo é uma versão em outras palavras de alguma coisa que eu já vi antes, são fotos do freddie Mercury  jogadas com uma citação genérica de  “não ao preconceito” ou uma foto de um casal gay ao lado de outra foto de uma situação chocante (fome, tragédia, corrupção) com a frase: “se ISSO te choca mais do que ISSO, você deveria rever os seus conceitos”. Cada uma dessas imagens com alguns milhares de compartilhamentos, milhares de pessoas  com uma necessidade crônica de dizer ao mundo que não é homofóbica, sendo que mais da metade encheria o filho de porrada se ele fosse gay.

Essas mesmas imagens S-E-M-P-R-E tem uma polêmica nos comentários, não tem uma que não tenha algum evangélico escrevendo: “VIGIAI, PORQUE JESUS ESTÁ VOLTANDO, DEUS AMA OS HOMOSSEXUAIS, MAS NÃO AMA O HOMOSSEXUALISMO” seguido de dezenas de acusações de preconceito que claro, são feitas por pessoas livre de qualquer preconceito existente na face da terra, que ele rebate dizendo “PARECE LOUCURA, MAS O MEU DEUS É O DEUS DOS LOUCOS”.  Chega a ser bonitinho como o fanático religioso e os “super antipreconceito” tem uma relação quase simbiótica, um simplesmente não existe sem que o outro lhe dê gás.

Freddie Mercury foi um homossexual foda? NÃO! Ele foi uma pessoa foda, um músico foda, um compositor foda, um cantor foda. Meu pai sempre gostou pra caramba de Queen, por isso escuto desde sempre no carro dele, e só fui descobrir que ele era gay na sétima série, quando um professor meu disse que “Love of my life” foi escrito para um namorado dele. Não vou ser hipócrita, o meu eu de 12 anos ficou chocado (antes que me chamem de lerdo, eu só ouvia as músicas, nunca tinha visto um show), mas parando pra pensar hoje, as músicas não perderam o significado com a opção sexual dele, se eu demorei tanto para descobrir isso só posso chegar a conclusão de que sua música e sua opção sexual não possuem a menor relação. Freddie Mercury não é um orgulho da comunidade GLS, é um orgulho para a raça humana como um todo.

Homossexuais merecem direitos? Merecem sim, sou completamente a favor de casamento gay, de adoção de filhos e a porra toda, acredito de verdade que, se duas pessoas estão dispostas a passar a vida juntas e criar uma criança, ninguém deveria ser contra. E antes que venham aqui dizendo que as crianças iam ser vítimas de preconceito na escola, crianças são zoadas na escola o tempo todo, se não fosse por ter pais gays, seria por ser gordinha, baixinha, feia, ou o que fosse, porque crianças são assim, quando criança zoei e fui zoado, e estou vivo. E para todos os líderes religiosos que acreditam que os homossexuais não podem adotar crianças,  eu mudo a minha ideia se vocês garantirem uma vida de qualidade para cada criança que está apodrecendo em orfanatos no Brasil esperando pelo amor de uma família, independente da opção sexual dos pais.

Dizer que eles merecem direitos não tira nem um pouco a minha moral para ter uma opinião contra essa posição de vítimas que os homossexuais assumiram na sociedade, de injustiçados pela vida, alvos de um preconceito feroz e sem misericórdia. Sou contra a lei da homofobia, e não me importo em usar a mesma opinião dos líderes religiosos de que ela fere a liberdade de expressão, porque fere mesmo, pessoas homofóbicas são escrotas, mas defendo sim o direito delas praticarem a escrotidão delas. Porque calar a boca do preconceito não faz ele parar de existir, só o deixa um pouco mais difícil de ser detectado, vira falsidade e vira ódio, pessoas não deveriam ser encorajadas a serem  falsas, deveriam sim ser encorajadas a mudar a sua opinião preconceituosa, e só se consegue isso com uma liberdade de discussão.

Para mim as pessoas são capazes de serem incríveis independente da sua opção sexual, assim como são capazes de serem péssimas, ninguém é bom ou mau porque é gay.
Nem monstros nem vítimas e sim seres humanos, com direitos iguais e a mesma oportunidade de ser qualquer um dos dois.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Aniversário, Morning glory e novo nome


Ficou um pouco maior do que eu esperava, mas é por motivos especiais, leia tudo <3













Acabo de voltar da faculdade e entro no facebook, uma amiga minha puxa assunto e fala que já tá na hora de  postar algo no blog porque já fazia um tempo desde o último texto que escrevi. Com a maturidade que quem me conhece já sabe copiei e colei esse trecho de conversa para dividir meu orgulho com outros amigos, alguém realmente se importa com o meu blog <3.
Aí nessa eu colei para uma amiga minha, e a conversa foi essa:
- Own, mas tu escreve bem pô
- nah, única coisa que eu faço mais ou menos, isso e jogar Call of duty.
- aihuaheuhuaeue mas tu não tinha outro blog?
-pois é tinha um de humor e outro de contos, mas no final das contas o que eu menos gostava acabou sendo o único que eu continuei escrevendo e o que a galera mais gosta.
- pois é, mas a quanto tempo tu tem o teu blog?

(...)
Pois é,eu não sabia, nunca tinha parado realmente para pensar sobre o assunto, posto os meus textos aqui à tanto tempo que é como se ele sempre tivesse existido. Fiquei curioso e resolvi checar, vi que a primeira postagem tinha sido dia dois de outubro de 2010...
-“Outubro?” “a gente tá em outubro já...” “...EPA, ISSO FOI (pausa pra olhar no calendário) ... ONTEM!- Uma coincidência interessante, mas ainda não foi a melhor de todas.

Fiquei um tempo olhando para o computador impressionado (e sim, eu sou impressionável, deixem-me em paz) enquanto ria da graça da vida, se não fosse a minha amiga muito provavelmente o ano terminaria comigo deixando o aniversário do blog em branco uma segunda vez. No meio do meu momento de apreciação fui pego por aquela sensação conhecida de estar esquecendo alguma coisa, algo realmente importante sobre esse 2 de outubro.

“.........O MORNING GLORY!”

No dia 02 de outubro de 1995 lançava na Inglaterra o (What’s the story) Morning glory, segundo e mais famoso disco da banda britânica oasis. Recheado de Hits como Wonderwall e Don’t look back in anger, o álbum vendeu 23 milhões de cópias no mundo todo  e 4,8 milhões só na Inglaterra, sendo até hoje o 3º álbum mais vendido da história do país. Oasis é a minha banda favorita e esse álbum sem dúvida é o meu favorito deles. Segura aí essa informação que eu já retomo ela, vamos falar um pouco sobre o blog.

Dois anos e eu ainda não acredito que mantive esse blog por tanto tempo, acredito menos ainda que alguém ainda leia isso. Criei essa página para escrever tudo o que me desse na telha e assim foi: De poemas a Cuscuz, de dor de cotovelo à política, falei de otakus e sobre o datena, tudo de mais aleatório e escrito de qualquer jeito.

Nunca prometi a ninguém que ia continuar com isso, pelo contrário, em mais de um post avisei que era muito provável que eu não voltasse a escrever, sou conhecido por não terminar as coisas, principalmente aquelas que eu quero muito fazer. Já tentei aprender a desenhar, tentei montar uma banda e o curso que eu estou fazendo já é o sexto que eu começo, mas parece que essa coisa de escrever não chega a ser uma aspiração, é mais como um hábito, uma coisa na minha própria natureza, se for mesmo isso acho que estou no curso certo dessa vez.

Digo mais, se em dois anos eu não desisti dessa joça, significa que eu não vou embora tão cedo. Tenho alguns textos pela metade e uns temas para textos futuros, to apenas esperando que uma inspiração divina me faça terminar tudo. A partir de novembro a faculdade volta e vai ser um pouco mais difícil conciliar as coisas, até porque a maior parte da minha inspiração vem do ócio.

Obrigado a todas as pessoas que acompanham meu “trabalho”, as que sempre acessam e as que viram apenas um texto ou outro, as visualizações e os elogios de vocês me deram motivação para continuar postando o que eu escrevo. Comecei esse blog como um desabafo pra ninguém ler,  acho que ele continua assim na essência, com um pouco mais de plateia talvez.

Voltando ao Morning glory, acho que a relação entre o álbum e o meu blog é um pouco mais profunda do que apenas uma data em comum. Além de vários textos que começaram com uma reflexão que tive ouvindo uma ou outra música dele (ou qualquer música de qualquer álbum de Oasis) uma música em especial do disco passa na minha cabeça enquanto escrevo qualquer texto.
Cast no shadow.

Essa música pode ter vários significados, depende do jeito que você a interpreta, mas sempre a vi de um jeito parecido com o que o Noel Gallagher disse em uma entrevista: A música fala sobre compositores que tentam desesperadamente dizer alguma coisa profunda, disse também que sempre tentava escrever algo profundo, mas acabava  falando de bebidas e festas. Salvo às devidas proporções essa é a minha sina, diversas vezes tento fazer um texto altamente poético e só sai alguma coisa realmente produtiva quando falo do Datena ou de anime.

Por isso, com essas coincidências lindas, declaro que o nome do blog vai mudar de vez, sempre quis um nome profundo pra ele, e agora não consigo imaginar em um nome melhor. Aparentemente natural evoluiu pra Licença Quase Poética, e agora sofreu uma (espero) última mutação, agora ele se chama Cast No Shadow.

Bound with all the weight of all the words he tried to say…”




Prometo textos novos em breve (SIM, ESTOU PROMETENDO)