Diria meu nome,mas você nunca ouviu falar de mim e vai
esquecer alguns minutos depois de ler isso, portanto é irrelevante.
Tenho entre 20 e 70 anos e moro em algum lugar qualquer no
Brasil. não preciso necessariamente ser pobre, posso ser desde um carregador de
uma feira até mesmo um advogado de sucesso, posso viver recluso em casa ou
viver em festas. Nada muda o fato de que a minha existência está presa à minha
própria vida.
Se eu morrer hoje, talvez cause lágrimas na minha mãe, em alguns amigos e até na namorada, mas a chama que a minha vida conseguiu fazer durará algumas semanas, meses, ou até um ano. Após disso, serei eventualmente lembrado em conversas de bares , até que a última pessoa que me conheceu morra.
O que é preciso fazer para passar pelo teste do tempo? O que
tenho que fazer para vencer a barreira da morte e fazer essa minha chama
incendiar indefinidamente? De John Lennon à Charles Chaplin , Gandhi à Hitler, Alexandre o grande à Joanna d’arc, Jesus à
maomé. Nessa vida você é lembrado se for um artista de sucesso ou o responsável
por condenar ou salvar várias vidas. Também pode ser um ícone religioso (nesse caso nem precisa
necessariamente ter existido).
Queria ser um líder, não importa se eu fosse tirano ou um
salvador da pátria (até porque quando eu morresse, ia haver especulações
dizendo as duas coisas), só me importaria em fazer alguma coisa grande o
suficiente para carimbar nos livros de história e virar conteúdo de prova daqui
a uns cem anos. Ou seria um músico, mas daria um tiro na cabeça enquanto minha
carreira estivesse um auge, para não correr o risco do meu trabalho piorar e se
perder em poucos anos.
Se pudesse carimbaria eu mesmo o meu nome na história, seja com
lágrimas ou com sangue, com amor ou com ódio, suavemente ou por meio de força.
Não me importo em ser amado ou odiado, minha única ambição é ser lembrado, Porque
nessa vida curta que temos, não basta apenas viver pra continuar sobrevivendo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário