Sei lá porque diabos
eu estou fazendo isso, só que quem escreve nessa porcaria de blog sou eu, e se quiser falar mil vezes do mesmo assunto eu
falo, se eu quiser mudar de opinião eu mudo, é seu problema ler ou não, gostar ou não. Muita
gente reclamou do meu primeiro texto sobre feminismo acusando-o de estar cheio
de falhas (estatísticas, opiniões generalizadas e etc), e nisso fui obrigado a concordar, o texto tinha SIM
algumas falhas. Li um pouco mais, tentei o máximo que pude acumular conhecimento da causa e vim aqui elaborar uma segunda opinião (não
precisa ser perfeita e não é a prova de falhas, como muita gente acha que a sua
ideologia deve ser)
Vamos primeiro esclarecer os erros do texto anterior. O primeira diz respeito à menina que eu disse que achava
que tinha morrido por lutar pelos
direitos da mulher: Ela se chama Malala
Yousufzai e está viva. Em uma das notícias que eu li, ela ainda não consegue
falar direito, mas já pode andar com a ajuda dos médicos. A menina escrevia em
um blog algumas das situações de violência que ocorrem no seu país (o Paquistão)
e defendia, dentre outras coisas, o direito das mulheres à educação. (Isso não
desqualificava o meu discurso, já que falava que lá pro oriente médio
a barra é bem mais pesada pra mulher, a única diferença é que desta vez não
terminou em morte, felizmente)
Ao tentar criticar os chamados “masculinistas” sobre os
comentários com a lei Maria da penha, acabei deixando-me cair numa
generalização idiota, onde afirmei que as mulheres são fisicamente menos
privilegiadas que os homens, e admito com todas as letras que foi ESTÚPIDO e
SEXISTA, desmereceu completamente o meu argumento e só posso pedir desculpas por isso (eu mesmo
devo apanhar de metade das mulheres que eu conheço). Poderia ter remediado isso
simplesmente editando e colocando um “geralmente” ou um “na maioria dos casos”
no meio da minha sentença, mas decidi que seria mais digno eu mesmo me retratar
diante da minha própria estupidez.
Existem outros erros no texto, mas esses foram os mais
gritantes, que encheram de argumentos as pessoas que disseram que eu não me informei direito (como
já disse, ainda acredito que um texto pode ser escrito sem que a pessoa seja um
expert no assunto que esteja dissertando).Me informei mais, e aqui vão as
minhas novas considerações, vou começar por algumas coisas que já tinha falado no último texto, algumas coisas
mudaram.
A primeira diz respeito à marcha das vadias.
Mesmo que eu
considere que uma boa parcela das pessoas nem sabem direito o porque estão lá
(como em QUALQUER manifestação de longo alcance) eu não posso desmerecer as
pessoas que estão lá por uma luta legítima. O movimento está defendendo o DIREITO
que todas as pessoas deveriam ter de se vestir da maneira que julgue mais
confortável para si mesma, sem ter que ficar se preocupando com nenhum tipo de
assédio, que vão desde comentários maldosos até a violência sexual de forma
física (leia-se estupro).
A segunda diz respeito à lei Maria da penha:
Eu não quero desmerecer a lei como um todo, ela foi sem dúvida um
marco para o combate aos casos de violência doméstica no País, o problema reside no jeito que esta lei foi
escrita. O texto dela é claramente sexista , se acha que eu estou mentindo, vai
dar uma olhada no texto da lei, fala exclusivamente de violência contra a mulher, a única situação em que aparece um
sujeito no masculino é quando se fala o agressor.
Embora seja,estatisticamente,
a maioria, nem todos os casos de violência doméstica são do homem contra a
mulher. Pode procurar na internet que vai achar notícias como “esposa mata o
marido” ou “mulher arranca o pênis do companheiro após descobrir traição”, que
geralmente são encaradas pelo público como motivo de risada. Fora que “agressão”
não significa necessariamente “agressão física”, existem outras maneiras de se
aplicar violência contra alguém, de forma psicológica (chantagem emocional,
humilhação pública e etc). Isso sem contar que uma lei não deveria proteger A
MAIORIA das pessoas por um mesmo tipo de delito, ela deveria proteger TODO
MUNDO. Minha única crítica à lei é essa, uma pequena correção já conserta tudo.
Lembra quando eu disse que a maioria dos direitos da mulher
estão assegurados no Brasil? Teve um bocado de gente que foi contra esse meu
argumento, mas eu continuo com ele. O problema não é que a lei brasileira não
assegura os direitos da mulher, porque isso ela faz muito bem, em termos de
legislação, ser mulher traz um bocado de vantagens (aí depende da pessoa julgar
se essas vantagens são justas ou injustas, mas que são vantagens,são). A
fiscalização da lei que é precária, e as pessoas que ainda são escrotas o
bastante para descumpri-las, por isso mesmo acredito que criar mais leis seria
apenas chover no molhado,deveria existir uma fiscalização mais severa e uma política
de conscientização abrangente, que puna a violência e também a evite.
Quanto às criticas ao
“modelo de sociedade patriarcal” e à “mídia sexista”, é bem verdade que
os meios de comunicação são uma tremenda ferramenta na hora de disseminar a “segregação
sexual”. Pode ver, homens protagonizam propagandas de cerveja, carro e
desodorante (como se mulher não bebesse, dirigisse ou usasse desodorante) e
mulheres protagonizam propagandas de produtos de limpeza ou de temperos de
comida (como se homem nenhum tivesse o dever de ajudar nas tarefas domésticas
ou pudesse cozinhar),parece até que a
publicidade no Brasil e no mundo ainda vive na década de 20 e não percebeu que
o seu público agora não é mais tão homogêneo quanto era. Isso sem contar que,
para conseguir audiência, os programas de auditório não hesitem em usar moças
seminuas como um pedaço de carne para atrair audiência.
O que ainda me incomoda é quando as pessoas, ao invés de
mostrarem os padrões vigentes na sociedade e dizerem que você PODE SIM
quebrá-los (uma escolha), resolvem dizer que você DEVE quebrá-los (uma
obrigação). Por exemplo, se eu quero ficar mais magro, as vezes apenas
significa que me sentiria melhor assim, não necessariamente quer dizer que sou
um alienado que segue cegamente os padrões de beleza. O que se precisa aceitar
é que ninguém é melhor ou pior do que ninguém por estar ou não incluso nesses
padrões, cada um tem seu gosto e suas escolhas, é um direito, o dever é não discriminar ninguém por causa disso.
(Lembrando que isso não é exclusivo do feminismo e nem é aplicado por TODOS os
seus seguidores)
Só porque não falei no texto das menininhas(os) revoltadas(os)
que não sabem do que estão falando, não significa que acredito que não existem mais. Apenas resolvi colocar elas
no lugar que merecem, ignorados. Meu
erro no texto anterior foi ter dedicado ele inteiro à esse tipo de gente, como
na verdade elas são apenas seguidoras de
uma moda, e não representam de forma alguma as mulheres (e homens) que lutam, e
até morrem, pelo que acreditam. Por respeito a elas que resolvi mudar o nome
das pessoas retardadas que ficam falando merda usando o nome do feminismo por
aí, não mais feminifascistas, Idiotas.
Por fim fica meu recado para as mulheres que sofrem violência
sexual de qualquer tipo: LUTE, PROTESTE, VÁ ATRÁS DOS SEUS DIREITOS, ninguém
vai saber fazer isso melhor do que você mesma.
e o meu pedido de desculpas por algumas coisas que eu disse no último texto.