quarta-feira, 17 de abril de 2013

Marco Feliciano e bancada evangélica



Já falei do Silas Malafaia e sua homofobia, do Jair Bolsonaro e seu ódio por presidiários, não podia faltar nosso lunático presidente da comissão dos direitos humanos né? <3

Sem chover muito no molhado, todo mundo deve saber a situação, o pastor evangélico marco Feliciano foi eleito presidente da comissão de direitos humanos da câmara dos deputados, essa  nomeação se mostrou bastante irônica, visto que o parlamentar já era conhecido por manifestações preconceituosas no twitter (em uma delas dizia que o povo africano é amaldiçoado, em outra disse que deus matou John Lennon).

Em todo o país se fazem manifestações em favor da retirada de Marco da comissão, são feitas passeatas, protestos, abaixo-assinados, e pelo que eu sei nenhuma sessão dele consegue terminar porque sempre acontece alguma gritaria. O que mais tá me incomodando em toda essa história é que existem duas forças na contramão dos movimentos, uma que APÓIA o parlamentar, e outra que quer avacalhar o movimento dizendo que ele não é importante.

Ao primeiro, fica a minha pena, apoiar marco Feliciano para mim é quase tão ruim quanto apoiar Jair Bolsonaro (e olha que eu conheço gente que apoia os dois), é sinônimo ou de um conservadorismo babaca ou só de burrice mesmo. Esqueci de salvar a imagem que eu vi, mas vi uma pessoa na minha timeline comemorando, dizendo que estávamos no rumo de uma JESUSCRACIA. (pra mim já deu!)
Agora para as pessoas que ficam dizendo que tem muita coisa mais importante para se protestar, aqui vai:

Pra começo de conversa ele não é tão desimportante assim, marco Feliciano presidindo qualquer coisa é só uma amostra do poder que a bancada religiosa tá ganhando, e isso pode travar várias discussões importantes (como a dos direito dos homossexuais), o conservadorismo tá crescendo de uma forma preocupante, e eu acho MUITO válido acabar com a festa desse lunático.

Mesmo que ele não fosse tão importante assim, ainda assim defenderia os protestos, porque problemas pequenos também deveriam ser mais fáceis de resolver, e se dá pra resolver, porque ignorar apenas sob o argumento de que existe mais com o que se preocupar? Porque se depender do que as pessoas dizem, sempre só vão existir duas categorias de problemas: os pequenos demais para se preocupar e os grandes demais pra se resolver.

Não é de hoje que a bancada evangélica tem ganhado um espaço considerável na câmara e no senado, a cada nova eleição mais e mais pastores ocupam cargos políticos. É compreensível, quando se leva em conta que a igreja evangélica é a denominação que mais cresce no país, o problema é quando crenças são colocadas no meio de assuntos do interesse público, pois geralmente onde há muita religião, também há muito anacronismo.

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