terça-feira, 27 de novembro de 2012

Feminismo, uma segunda opinião. (eu li mais)



Sei  lá porque diabos eu estou fazendo isso, só que quem escreve nessa porcaria de blog sou eu, e se  quiser falar mil vezes do mesmo assunto eu falo, se eu quiser mudar de opinião eu mudo,  é seu problema ler ou não, gostar ou não. Muita gente reclamou do meu primeiro texto sobre feminismo acusando-o de estar cheio de falhas (estatísticas, opiniões generalizadas e etc), e nisso  fui obrigado a concordar, o texto tinha SIM algumas falhas. Li um pouco mais, tentei o máximo que  pude acumular conhecimento da causa  e vim aqui elaborar uma segunda opinião (não precisa ser perfeita e não é a prova de falhas, como muita gente acha que a sua ideologia deve ser)

Vamos primeiro esclarecer os erros do texto anterior. O primeira  diz respeito à menina que eu disse que achava que  tinha morrido por lutar pelos direitos da mulher: Ela se chama  Malala Yousufzai e está viva. Em uma das notícias que eu li, ela ainda não consegue falar direito, mas já pode andar com a ajuda dos médicos. A menina escrevia em um blog algumas das situações de violência que ocorrem no seu país (o Paquistão) e defendia, dentre outras coisas, o direito das mulheres à educação. (Isso não desqualificava o meu discurso, já que falava que lá pro oriente médio a barra é bem mais pesada pra mulher, a única diferença é que desta vez não terminou em morte, felizmente)

Ao tentar criticar os chamados “masculinistas” sobre os comentários com a lei Maria da penha, acabei deixando-me cair numa generalização idiota, onde afirmei que as mulheres são fisicamente menos privilegiadas que os homens, e admito com todas as letras que foi ESTÚPIDO e SEXISTA, desmereceu completamente o meu argumento  e só posso pedir desculpas por isso (eu mesmo devo apanhar de metade das mulheres que eu conheço). Poderia ter remediado isso simplesmente editando e colocando um “geralmente” ou um “na maioria dos casos” no meio da minha sentença, mas decidi que seria mais digno eu mesmo me retratar diante da minha própria estupidez.

Existem outros erros no texto, mas esses foram os mais gritantes, que encheram de argumentos as pessoas que  disseram que eu não me informei direito (como já disse, ainda acredito que um texto pode ser escrito sem que a pessoa seja um expert no assunto que esteja dissertando).Me informei mais, e aqui vão as minhas novas considerações, vou começar por algumas coisas que já tinha  falado no último texto, algumas coisas mudaram.

A primeira diz respeito à marcha das vadias.

 Mesmo que eu considere que uma boa parcela das pessoas nem sabem direito o porque estão lá (como em QUALQUER manifestação de longo alcance) eu não posso desmerecer as pessoas que estão lá por uma luta legítima. O movimento está defendendo o DIREITO que todas as pessoas deveriam ter de se vestir da maneira que julgue mais confortável para si mesma, sem ter que ficar se preocupando com nenhum tipo de assédio, que vão desde comentários maldosos até a violência sexual de forma física (leia-se estupro).

A segunda diz respeito à lei Maria da penha:

Eu não quero desmerecer a lei como um todo, ela foi sem dúvida um marco para o combate aos casos de violência doméstica no País, o  problema reside no jeito que esta lei foi escrita. O texto dela é claramente sexista , se acha que eu estou mentindo, vai dar uma olhada no texto da lei,  fala exclusivamente de violência contra a mulher, a única situação em que aparece um sujeito no masculino é quando se fala o agressor.

 Embora seja,estatisticamente, a maioria, nem todos os casos de violência doméstica são do homem contra a mulher. Pode procurar na internet que vai achar notícias como “esposa mata o marido” ou “mulher arranca o pênis do companheiro após descobrir traição”, que geralmente são encaradas pelo público como motivo de risada. Fora que “agressão” não significa necessariamente “agressão física”, existem outras maneiras de se aplicar violência contra alguém, de forma psicológica (chantagem emocional, humilhação pública e etc). Isso sem contar que uma lei não deveria proteger A MAIORIA das pessoas por um mesmo tipo de delito, ela deveria proteger TODO MUNDO. Minha única crítica à lei é essa, uma pequena correção já conserta tudo.

Lembra quando eu disse que a maioria dos direitos da mulher estão assegurados no Brasil? Teve um bocado de gente que foi contra esse meu argumento, mas eu continuo com ele. O problema não é que a lei brasileira não assegura os direitos da mulher, porque isso ela faz muito bem, em termos de legislação, ser mulher traz um bocado de vantagens (aí depende da pessoa julgar se essas vantagens são justas ou injustas, mas que são vantagens,são). A fiscalização da lei que é precária, e as pessoas que ainda são escrotas o bastante para descumpri-las, por isso mesmo acredito que criar mais leis seria apenas chover no molhado,deveria existir uma fiscalização mais severa e uma política de conscientização abrangente, que puna a violência e também a evite.

Quanto às criticas ao  “modelo de sociedade patriarcal” e à “mídia sexista”, é bem verdade que os meios de comunicação são uma tremenda ferramenta na hora de disseminar a “segregação sexual”. Pode ver, homens protagonizam propagandas de cerveja, carro e desodorante (como se mulher não bebesse, dirigisse ou usasse desodorante) e mulheres protagonizam propagandas de produtos de limpeza ou de temperos de comida (como se homem nenhum tivesse o dever de ajudar nas tarefas domésticas ou pudesse cozinhar),parece  até que a publicidade no Brasil e no mundo ainda vive na década de 20 e não percebeu que o seu público agora não é mais tão homogêneo quanto era. Isso sem contar que, para conseguir audiência, os programas de auditório não hesitem em usar moças seminuas como um pedaço de carne para atrair audiência.

O que ainda me incomoda é quando as pessoas, ao invés de mostrarem os padrões vigentes na sociedade e dizerem que você PODE SIM quebrá-los (uma escolha), resolvem dizer que você DEVE quebrá-los (uma obrigação). Por exemplo, se eu quero ficar mais magro, as vezes apenas significa que me sentiria melhor assim, não necessariamente quer dizer que sou um alienado que segue cegamente os padrões de beleza. O que se precisa aceitar é que ninguém é melhor ou pior do que ninguém por estar ou não incluso nesses padrões, cada um tem seu gosto e suas escolhas, é um direito, o dever  é não discriminar ninguém por causa disso. (Lembrando que isso não é exclusivo do feminismo e nem é aplicado por TODOS os seus seguidores)            

Só porque não falei no texto das menininhas(os) revoltadas(os) que não sabem do que estão falando, não significa que acredito que  não existem mais. Apenas resolvi colocar elas no lugar que  merecem, ignorados. Meu erro no texto anterior foi ter dedicado ele inteiro à esse tipo de gente, como na verdade elas  são apenas seguidoras de uma moda, e não representam de forma alguma as mulheres (e homens) que lutam, e até morrem, pelo que acreditam. Por respeito a elas que resolvi mudar o nome das pessoas retardadas que ficam falando merda usando o nome do feminismo por aí, não mais feminifascistas, Idiotas.

 Por fim fica  meu recado para as mulheres que sofrem violência sexual de qualquer tipo: LUTE, PROTESTE, VÁ ATRÁS DOS SEUS DIREITOS, ninguém vai saber fazer isso melhor do que você mesma.
e o meu pedido de desculpas por algumas coisas que eu disse no último texto.

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